
Dois homens se encontram na mata fechada. Não se conhecem e não vêem motivos para serem gentis. O diálogo, a princípio desconfiado, torna-se mais franco em função do fumo de rolo e do café sem coador. As histórias se sucedem e se intercalam, formando um painel intrigante e misterioso. Uma energia sobrenatural atravessa a escuridão. Alguma revelação se dará nesta noite.
A lua é cheia, e a sorte derradeira pode ser só tua. O homem sempre destrói aquilo que lhe é mais querido.
Hoje é sexta-feira 13.
Escrito por Eliézer Filho em 1989, Homens de lua é o perfeito exemplo de uma dramaturgia alimentada pela riqueza do folclore brasileiro. Desenvolvido com uma estrutura que mescla a contação de histórias com o inquérito policial, o texto se desenrola em crescente tensão até a surpreendente revelação final.
A montagem da companhia Quatro Asas visa privilegiar a conjunção entre o real e o fantástico, admitindo a existência concreta de seres imaginários. Luzes indiretas, contrapontos musicais e pássaros noturnos comporão o ambiente solene dessa realidade ao mesmo tempo trágica e poética.
texto de ELIÉZER FILHO
com BRUNO DE OLIVEIRA e MOISÉS AMENO
uma produção Quatro Asas
Iluminação e sonoplastia: JOYCE CAUS
Música original: MAURÍCIO TOCO
Encenação: FERNANDO LOMARDO
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